23 de junho de 2020

Uma história de protagonismo comunitário

Conheça a jornada de Francinete, que, com o apoio do Instituto Alcoa, contribuiu para a construção de um legado na educação da comunidade de Piquizeiro, em São Luís.


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Este ano, o “Histórias que Inspiram” é motivado pelo aniversário de 30 anos do Instituto Alcoa. São trajetórias de vida de funcionários, voluntários, representantes de organizações beneficiadas, líderes comunitários e outros atores fundamentais que se cruzam com a caminhada do Instituto e a fazem ainda mais especial.

Na edição de junho, conheça a jornada de Francinete Pereira Araújo Rodrigues, moradora e líder comunitária do bairro de Piquizeiro, localizado em São Luís (MA), que, nos últimos 30 anos, contribuiu com a construção de um legado na educação da comunidade, para o qual a parceria com o Instituto Alcoa foi fundamental.

Personagem: Francinete Pereira Araújo Rodrigues, líder comunitária do bairro do Piquizeiro (São Luís/MA)

Francinete chegou ao bairro do Piquizeiro em 1984 e encontrou uma comunidade muito diferente da atual. As demandas eram diversas: asfaltamento, energia elétrica, transporte e educação. Esta última, em especial, era materializada nos pedidos constantes dos moradores por uma escola que atendesse às crianças da região. A escola mais próxima, na época, ficava a muitos quilômetros de distância e exigia um deslocamento que era bastante comprometido pela falta de oferta pública de transporte.

Nesse contexto, em 1991, nasceu a Associação dos Moradores do Piquizeiro e Adjacências. Um início desafiador do qual Francinete se lembra com carinho.

“Começamos com um grupo de doze mulheres. Transformamos o desânimo com tanto abandono em motivação para lutar pelos direitos da comunidade”, conta a líder comunitária.

 

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Dois anos e muitas mobilizações em pressão ao poder público local depois, nasceu a Escola Comunitária Esperança do Amanhã, a primeira de muitas conquistas da Associação. Com muito trabalho voluntário da própria comunidade, que compunha, inclusive, o corpo docente, a escola, rapidamente, passou a atender a 100 crianças da região.

Francinete observa que a escola foi o pontapé inicial para muitas outras conquistas da Associação. “Com a mobilização em torno das demandas por transporte, energia e asfaltamento, fomos vistos e acabamos recebendo de um empresário a doação de um terreno”, conta.

Mais uma vez, a obtenção de todo o material e mão de obra necessários para a construção do novo espaço ficou a cargo da entidade, que mobilizou comerciantes locais e os próprios moradores para colocar as ‘mãos na massa’.

 

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Parceria de longa data

Com um trabalho sério e já bastante frutífero, a Associação chamou a atenção de um funcionário da Alumar, que apresentou a iniciativa ao Instituto Alcoa. O primeiro projeto dessa parceria aconteceu em 2001 e viabilizou a primeira reforma da escola. Em 2002, mais um projeto permitiu a compra de equipamentos para qualificar a infraestrutura da instituição. Já em 2008, a parceria com o Instituto Alcoa permitiu à Escola Comunitária Esperança do Amanhã a ampliação da oferta com a construção da unidade de Educação Infantil Jardim de Infância Esperança do Amanhã. Atualmente, a instituição atende a 450 alunos (280 no Ensino Fundamental e 170 na Educação Infantil).

Em 2012, mais um projeto contemplado pelo Instituto Alcoa permitiu uma nova reforma da escola, com melhorias de piso e revestimento. De lá para cá, diversas outras iniciativas em conjunto com o IA, como ACTIONs, culminaram em melhorias para o bem-estar e desenvolvimento dos alunos.

“Nossa comunidade passou de abandonada para acolhida. E isso graças à parceria com o Instituto Alcoa, que valorizou nosso trabalho, nos ajudando, inclusive, a conquistar a atenção do poder público, conta Francinete.

Atualmente, a instituição conta com a parceria da Secretaria de Educação Municipal de São Luís, que viabiliza o quadro de funcionários da escola e já promoveu cursos profissionalizantes aos jovens da comunidade.

Um legado de desenvolvimento, especialmente na área da educação, é o fruto desse encontro, na avaliação de Francinete.

“Muitos jovens da comunidade se profissionalizaram, ingressaram no mercado de trabalho e até se graduaram. Hoje, seus filhos são alunos da escola. A parceria com o Instituto gerou um legado de valorização do trabalho social, desenvolvimento e qualidade de vida. Só tenho a agradecer.”